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Oi Mundo
Oi Mundo
Tenho pensado ultimamente sobre o ponto em que me encontro exatamente. Isto desde que comecei a minha trajetória ou desde que tomei mais consciência de mim e do que me rodeia. Meu universo próximo.
Quando a gente começa a remover as camadas de toxinas que nos entorpecem deste teatro de ilusões, começa também a contabilizar dados mais reais acerca das ações que praticamos e do quanto desperdiçamos energia. Avaliamos também os vínculos que nutrimos e as situações fictícias que alimentamos. Domamos nosso ego e flexionamos verbos .
A princípio acreditamos que o mundo sempre tem uma parcela de responsabilidade considerável sobre nossos desacertos. Assim , começo pensando alto sobre o mundo e as pessoas.
Por vezes tenho uma percepção nefasta do que estamos nos tornando, como se em outras épocas os povos não houvessem passado por estágios mais primitivos e inconcebíveis. Foram muitas desconstruções até que chegássemos a ser rotulados como civilizados e este conceito de civilização para mim ainda é um pouco contraditório.
Há abordagens e pontos diversos a serem identificados quando falamos em mundo de maneira que possamos valorar, não aqueles aspectos carregados de elementos meritórios, mas sim o que cada grupo, sociedade ou indivíduo acredita que seja adequado.
Por vezes tenho uma percepção nefasta do que estamos nos tornando, como se em outras épocas os povos não houvessem passado por estágios mais primitivos e inconcebíveis. Foram muitas desconstruções até que chegássemos a ser rotulados como civilizados e este conceito de civilização para mim ainda é um pouco contraditório.
Há abordagens e pontos diversos a serem identificados quando falamos em mundo de maneira que possamos valorar, não aqueles aspectos carregados de elementos meritórios, mas sim o que cada grupo, sociedade ou indivíduo acredita que seja adequado.
Outro dia escutei a palavra "despersonalizados" fazendo referência a uma sociedade cujos indivíduos se tornam apenas parte de um segmento que se identifica com determinado comportamento . Pessoas reduzidas a "um conjunto de hábitos" ou códigos geradores de um modelo. Este modelo passa a ser perseguido como uma fórmula do tão almejado "sucesso".
E assim, mais adiante ouvi a palavra mais grave : "dessubjetivados", ou seja, despidos de seu principal ingrediente, sua unicidade, sua singularidade, sua essência ou qualquer nome que se queira dar a este que é o nosso único atributo imperecível, imorredouro, infungível e o maior patrimônio que a vida pode nos legar, algo tão íntimo que nós mesmos não conseguimos dimensionar. Alguns chamam espírito e o nome nem importa.
Um mundo de pessoas "dessubjetivadas" e despersonalizadas .Parece que a "semgracisse" de sermos apenas seres humanos complexos não basta. É necessário um grande espetáculo de marketing com muitos adornos e acessórios, um show que nunca acaba e ao final demonstra que jamais chegaremos ao final feliz, portanto é necessário continuar acumulando perfumarias e cosmética à nossa vida fictícia. É preciso continuar procurando este "nãoseioquê" na estética dos estereótipos, nas vitrines , nos shopping centers, nos pratos que devoramos e nos recursos que aniquilamos. Quantos ítens do pacote dos "vencedores" já possuímos . Como estamos nas estatísticas?Quais já alcançamos?
Tenho pensado em tudo isso e em como me porto diante das minhas fraquezas.
De fato, são muitas fórmulas mágicas para nos tornarmos títeres manipulados e previsíveis, anestesiados e possivelmente "kitschs".
Os gatilhos disparam a todo tempo e acabam fazendo com que nos comportemos como ratos de laboratório . Parece que não há muita saída.
Por uns tempos passei a sentir uma imensa vontade de me afastar das pessoas, evitá-las, por achar que se importavam apenas com banalidades e tratavam com desimportância as atrocidades que este mundo hipertrofiado vem produzindo. Pessoas, enfim, cujas escolhas se baseavam na média do que a maioria faz.
Acontece que estas fases existem para que possamos processar as informações e experiências e amadurecer com elas. As camadas de realidade vão chegando e percebo que não há mágica. São movimentos lentos e necessários para que possamos crescer. Tudo vai se dissolvendo.
A propósito, já não vejo as coisas de forma tão nebulosa. Há um sutil espaço se formando no interior desta apoteose amorfa e desgovernada das progressivas aquisições materiais . São como bolhas que se expandem e , na contramão desta panaceia, vem abrindo espaço para outras propostas, outras tribos cujas projeções mentais nos conduzem de volta , mudam as referências de nossas escolhas e melhoram nossa experiência humana.
Já me sinto menos suscetível . Outro dia assisti um filme-documentário chamado "Quem se importa"(Mara Mourão). Recomendo. Nutriu um pouco minha alma. É sobre empreendedores sociais que vem mudando o mundo.
Por certo, ao acabar de reler este post não me encontro mais no mesmo ponto...
beijo lindoૐ
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