segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Home sweet home...

Não existe frase mais certeira do que esta, seja lá em qual paraíso esteja não há sabor que se iguale a uma volta para casa. Voltar para nossos paninhos é uma agradável sensação, um conforto , um luxo.
Esta impressão tem a duração de dois dias e , é claro, logo vem aquela inquietação percorrendo o corpo e dizendo 'já chega'!
Mas o que eu queria dizer é que é vital tirar férias de nós mesmos , nem que seja um tiquinho de tempo, sair da rotina é fundamental para manutenção da dose de sanidade que nos torna aptos a andar nas ruas.
Deixar de lado a exacerbação do ego, compartilhar, abrir mão de um comodismo e submeter-se a uma contrariedade é muito bom. Sair e voltar para o prumo, elaborar a mesma receita de outro modo, andar por trilhas diferentes, caminhar no plano inclinado, sentir muito calor e conferir o corpo dolorido e cansado ao final do dia. Cansado de se testar e disciplinar a uma nova 'rotina'. Abrir mão das certezas perenes que vão sendo despojadas a cada passo que nos distanciamos de nossa casca.
Isto tudo só para poder dizer "lar , doce lar".
Nosso corpo é o nosso lar e é muito gratificante a sensação de sentir-se inteiro em qualquer lugar, sabendo que levamos conosco nossa bagagem espiritual, moral , emocional, enfim, o que transcende a matéria. Deixemos um pouco de lado nossas 'pequenezas' acomodadas .
Esta semana marcada pela dor de pessoas que perderam tudo na tragédia que aconteceu na região serrana do Rio foi possível , duramente, entender que para começar de novo só precisamos do nosso patrimônio humano, nossos laços, amigos, valores , talento e disposição . São forças que juntas valem mais do que qualquer patrimônio material, são o único ponto de partida para qualquer lugar ou estação . Lembrando novamente o  chapeleiro do filme 'Alice no pais das maravilhas' , não podemos perder as nossas 'muitezas' porque no final é tudo o que nos resta.
Cheguei em casa com saudades de mim, queria ficar comigo por bastante tempo, ler comigo, dormir comigo , comer comigo e assistir dvds comigo. Até mesmo arrumar minhas coisas comigo  foi um prazer.
Olhar as fotos que registrei no meu guardião de memórias kodak e captar a essência de cada momento irremediavelmente  vivido, transgredindo nostalgias e simplesmente contemplando as mitológicas moiras gregas  tecendo os destinos do tempo nas rodas de seu tear.
voilá...
beijo lindo
da Lind@

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