domingo, 26 de dezembro de 2010

Antropofagia

".... eu escrevo muitas atrocidades, mas elas são a melhor prova de mim mesma. De meu trânsito desconcertannte  e antropofágico sobre a coisa."

Meu não sei ainda cresce,
existo  para o deleite
de minhas contradições, nada fenece,
sou tão somente demandante
das circunstâncias que me costuram
às coisas e me negam a inteireza
da solidez  adormecida...

Ando assim fluida,
prolífica, em demolição,
ando clarice de mim
mesma e me tomo orgulhosa
de meu vácuo sem limite ou substância,
não aceito rima ou coerência,
apenas a abundância líquida
que saliva numa inferência vaidosa
e poluída dos tons que me
acodem talvez da verdad&.

Varrida como um tufão
me espirro, grito
em excreção,
me comprimo neste tecido
de letras insaciáveis
que me digerem na
fagocitose  estranha
da simulação..

beijo da Linda
Me lind@

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