sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vou comemorar hoje as promessas que não cumpri, os medos que enfrentei e todo ou qualquer sopro que inalei e me alterou de qualquer forma. Toda vida que exalei com a intensidade dos fracos e com os dois pés fincados no chão está aí respingada em marcas .
Dia 31 de Dezembro escoa sua última substância pela garganta de Crono. Assim , sem qualquer constrangimento, o 365 consumido e fungível,  se desintegra em lembranças fragmentadas  como fogos de artifício. Implode luminoso mais um lapso de ficção que morre em si, quase sem resíduos.Caprichosa invenção. Vou bebê-lo numa taça...gelado como os mortos!
E assim por diante o planeta continua girando indiferente, engolindo as doses de sol e devolvendo fractais imperceptíveis a decifrar  os extremos , de vida e morte, de exuberância e devastação,  de compassividade e desatino. em alternância perpétua. Um compasso ritmando o infinito condolente.
tim tim mais uma vez........

Beijos residuais
da Linda

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