segunda-feira, 15 de novembro de 2010

NAMASTÉ

Há momentos únicos que não se explicam. Na sexta eu não pude ir a aula de Yoga e havia recebido um email da minha professora falando sobre praticar meditação com a sabedoria de   Sogyal Rinpoche. Como optei por praticar meditação com maior frequência e com alguma disciplina, embora não tenha ido a aula fui ler sobre as práticas meditativas que o mestre ensina em seu livro tibetano do Viver e Morrer.
Não sou adepta a nenhum credo ou religião, gosto de repetir a frase que ouvi de alguém " meu templo é minha mente " , mas confesso que sou uma grande apaixonada pela abordagem que os orientais, em especial os tibetanos fazem do viver.
Eu sei é que fiquei lendo sobre as práticas de Tonglen e sobre os métodos mais adequados a cada um para prática da meditação. Eu adoro os mantras. Há muitos anos atrás começei em um grupo de estudos sobre Budismo e por incrível que pareça, os mantras que aprendi naquela época começam a tocar dentro da minha cabeça, de graça, de uma hora para outra. 
Acho isto algo incrível e que não consigo explicar. Eles vem , repetem-se e se vão.
Bem, eu havia praticado Yoga dos treze aos quinze com uma papiza do Ratha Yoga, mas na época eu não entendia muito , apenas gostava de estar lá em meio aquelas pessoas tão estranhas quanto eu.
O fato é que há quatro anos retornei com a prática do Yoga e acho uma das coisas mais fantásticas que existem. Tenho a sensação de que viajei dentro de mim milhares de anos depois que começei a praticar. Apenas é algo que faz parte da minha vida. Quando respiro, me sento ou falo algo, é como se uma outra de mim estivesse sentada em lótus a me olhar.  Não estou falando de desdobramento, mas de consciência e respiração. Espero nunca precisar parar e apenas lamento não poder praticar mais vezes e mais tempo.
Bem, mas o que aconteceu que achei apoteótico é que ao ler um texto chamado " Trazendo a Mente para Casa" , Rinpoche citava um mantra muito legal , " OM AH HUM BENZA GURU PEMA SIDHI HUM".
Certo, fiquei cantarolando o mantra , que eu já conhecia em outra versão e pensando nele.  Lembrei do filme (que achei uma forçação de barra) "Comer , Rezar e Amar" do livro homônimo.
Muito bem então hoje eu coloquei para tocar um CD da Deva Premal que já escutei milhares de vezes e a primeira música que tocou foi este mantra.
Eu nunca tinha ouvido de verdade e isto me pareceu uma espécie de expansão de mim mesma, me alarguei e todo meu corpo sutil ficou lá admirado com todas as coisas que tenho perto de mim e nunca vi.
A vida é um pouco assim, como se houvesse um  museu de grandes novidades que estão lá há tempos imemoriais, em nossos códigos sutis e nunca tivéssemos percebido. Nossa miopia tem cura.
beijo  OM
Lindo
da Linda

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